O corpo que eu faço.

12 dezembro, 2011

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Lembro de certa vez (a long time ago) ouvir meu pai comentando com a minha mãe sobre as minhas pernas tortas. Ali, ainda criança, eu comecei a construir um corpo. Na medida em que crescia e percebia suas mudanças, mais eu o escondia. Chegando à adolescência, não percebia o quão sensual pode ser um corpo, mesmo aqueles que não estão dentro dos atuais padrões de beleza. Noutra ocasião, trocando sem perceber alguns paradigmas por outros, comecei a expô-lo um pouco mais. Ainda assim, sem qualquer sensualidade.
Até que um dia, na rua, percebi alguém me olhando. Mais do que isso: percebi que adorei perceber alguém me olhando. Desta forma, espontaneamente eu comecei a mudar minha postura. Apreciando mais a diversidade gastronômica, comecei a construir outro corpo, o adiposo. Sedentária, outro ainda. Passados os anos, mais um. Emoções fortes e constantes, outro ainda.
A ruptura constante com o corpo da infância e o da adolescência acontece o tempo todo. Todos os dias construímos nosso corpo através dos hábitos. Sejam de postura, de alimentação, hidratação, atividade física ou a falta dela, condicionamentos mentais e emocionais.
Por incrível que pareça, estes condicionamentos têm muito mais peso na construção diária do nosso veículo físico. Mas podemos escolher a maneira como queremos construí-lo. De uma forma ou outra, cada um tem responsabilidade absoluta sobre ele. O corpo é o nosso mais importante patrimônio. Talvez o único e real patrimônio.
Os demais são efêmeros.
Muitos de nós somos cegos aos poderes que possuímos: nosso mecanismo biológico corporal é perfeitamente capaz de cuidar-se sozinho e nos dá incessantes sinalizações quando algo está errado. Mas nem sempre aproveitamos os dispositivos corporais de autoproteção. Ao invés disso, colocamos nossas vidas nas mãos de especialistas sem considerar a estreiteza de visão de muitos deles. Atitudes tradicionais, como uma criteriosa seleção alimentar, técnicas de descontração, auto-observação, gerenciamento do stress, amigos e alegria sinceros, atividade física regular, sexo seguro, afeto etc., podem muito bem mudar a construção do nosso corpo e dilatar a nossa longevidade para muito além daquilo que a nossa herança genética havia previsto para nós.
Desde os tempos mais remotos fazemos do nosso corpo um objeto cultural.
É ele que exprime uma série de significações que permitem com que os outros nos reconheçam e nos aceitem como membros de um grupo.
Nossas ações, inclusive, seguem uma lógica acordada com a nossa cultura e o meio dentro do qual nascemos, crescemos e ou estamos inseridos (egrégora).
Independentemente do meio, nossa conduta deve ser fundamentada em atitude reta, boas relações interpessoais, aprimoramento constante, civilidade, reação proporcional ao fato, alta performance, entre outros, de maneira, que ao deitar para dormir, façamos isso serenamente, sem maiores preocupações, tendo como resultado natural um incrível potencial realizador e uma expressiva qualidade de vida. Cuidemos bem do nosso patrimônio corporal, mantendo-o organizado como se fosse a nossa casa.
Um beijo!
Lucila

Educação, moda e fineza

04 dezembro, 2011

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Pensei em começar falando sobre gentileza, apostando nela como primeiro agente
da fineza que deve vir muito antes de uma roupa bem transada. Que tal? Gentileza
no sentido da etiqueta (do francês étiquette) e etiqueta no sentido do que está em
voga em qualquer circunstância: a boa educação.
Do ponto de vista biológico somos todos absolutamente iguais. O que vai nos
diferenciar uns dos outros é a maneira como orientamos a nossa conduta diária,
como reagimos aos fatos, como interpretamos as pessoas à nossa volta. É a
inteligência social, resultado natural de uma boa educação e fineza, que pode
determinar nosso sucesso ou insucesso no mercado de trabalho e nas relações
interpessoais.
Por outro lado, quando a inteligência vem acompanhada de uma boa dose de
gentileza no trato com as pessoas e ainda somada a um bom modelito, pode fazer
toda a diferença... Não me refiro à superficialidade, mas à maneira como nos
relacionamos com as pessoas, com o meio ambiente e com o próprio corpo. O que
pode ser mais moderno?
Falando em fineza, no sentido figurado, agressividade está associada à atividade e
ao dinamismo. Podemos sim ser agressivos na hora de lutar pelos nossos sonhos e
direitos, mas sem jamais perder a compostura. Coisa mais mané – começando pelo
termo – é armar um barraco (expressão feia também!!!) por qualquer coisa!
De nada adianta uma roupa maravilhosa quando não se é gentil no trato com o
outro. Quando a atitude é tosca, a palavra é torta, a expressão incômoda, o gesto
pornográfico e o linguajar inapropriado não há look que supra a falta da gentileza.
No meu amigo Aurélio consta sobre permissividade dos costumes: 1. Num
dado período, o afrouxamento das restrições das normas prescritivas de
comportamentos sociais relativos às relações sexuais, familiares ou profissionais,
à moda, aos espetáculos, às atitudes em público, em que se configura a
institucionalização de novos padrões comportamentais.
Para saber mais sobre comportamento, faça-nos uma visita ou acesse nosso
site (www.YogaKobrasol.org), assista nossas aulas, leia o blog do Educador
DeRose (www.MetodoDeRose.org/blog), e estude a bibliografia indicada
(www.metododerose.org/blogdoderose/livros/alguns-livros-recomendados-e-dicas-
de-leitura).
Beijo da Lucila