Escolher. Posso ou não posso?

31 agosto, 2011

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Estivemos em POA para o dia dos namorados. Um convite que o Rô me fez sabendo que a data jamais passa despercebida por uma mulher apaixonada. Na ocasião, com o evento do vulcão no Chile, não sabíamos se daria para embarcar. Os aeroportos estavam fechados. Até o último momento não sabíamos se daria certo. Embarcamos com pouco atraso. Adoro POA. Adoramos!

Lá fizemos nossos passeios prediletos: Usina das Massas, Barbarella, Parcão, chimarrão. Pois é, não tenho aqui o hábito do chimas.

Mas em POA é diferente: não pode faltar o chimarrão. E chimarrão no parcão, com sol, friozinho, Sarita, Montagna e Rô, não tem preço. Não bastasse, falamos pela webcam com a Marisol e o Marcelo em New York. Foi muito agradável!!

Rô e eu temos viajado o mundo para descobrir onde moraremos num futuro distante. Não temos pressa, afinal.

Entre as tantas coisas que estive pensando naquele fim de semana está o fato de termos a liberdade de escolher onde queremos morar. De uma forma ou outra sempre podemos escolher. Contanto, que seja uma escolha consciente. Criamos raízes, solidificamos amizades, estabelecemos vínculos e depois usamos isso como pretexto para permanecer por anos no mesmo lugar.

Mas se este lugar já não preenche as nossas expectativas, porque não mudar?

Buscar um bairro, cidade, estado ou país que nos satisfaça, sem medo do novo.

Problema nenhum não fosse a intrínseca insatisfação que acomete a raça humana e mais a problemática cidade e bairro onde estamos atualmente. A marginalidade cresce velozmente.Você poderia me dizer: Floripa tem muito o que fazer: tem praia, tem rio, tem duna, trilha, manezinho, Método DeRose, Refinaria, tem Lucila, tem Joris, tem mangue, comida gostosa etc. Mas: se chover? O que fazer? Cinema? Claro, é o que eu mais faço.

Florianópolis tem uma geografia maravilhosa! Mas eu não quero somente geografia. Eu quero história. Não quero somente qualidade de vida. Eu quero quantidade também. Eu quero segurança. Quero poder me movimentar pela cidade sem engarrafamento, flanela, multa. Se for para ficar no ócio, quero o contemplativo. Praia? Só em horário nobre. Comida? Tem no mundo todo, ou quase todo.

Igualmente importa, é estar feliz onde se permanece. E se a felicidade impera, porque não ser no lugar dos sonhos? Eu me pergunto. Eu lhe pergunto. Porque insistir em ficar num contexto desprovido daquilo que cada um de nós considera fundamental à própria existência?

Em minha sabença limitada, estender os limites geográficos, ultrapassar as fronteiras, carimbar o passaporte, tomar chimarrão, tapioca, falafel, abacate, pizza, curry, pastel de Belém etc e descobrir o novo faz de mim uma pessoa mais aguerrida a cada dia. Tanto que me dá até medo. He, He!!