O paradoxo da velhice

28 dezembro, 2010

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Os anos  passam e nada me surpreende mais do que a rejeição à velhice. Inclusive a minha. Não a minha rejeição à velhice. A minha velhice. Outro dia o DeBona sugeriu comprar aquelas poltronas de vovô/vovó. Sabe? Aquelas bem confortáveis, que inclinam, têm apoio para os pés e outros luxos. Assim, substituiríamos o lugar onde mais gostamos de ficar em casa, o sofá da sala, pelas poltronas.  Discordei, claro!
Se comprássemos as poltronas, declararíamos nossa velhice. Seria tão gostoso ficar ali, aconchegado na poltrona. Porque eu sairia?
Nada como um sofá desconfortável para nos expulsar de casa.
Concordo com a importância do conforto. Concordo com a segurança. O aconchego e o aprochego.
Mas quanto maior o conforto em casa, menos saímos para encher os olhos com outras paisagens e a mente com outras ideias.
Não pretendo ser o tipo de velhinha que só fica em casa, rejeitando o mundo. Pretendo ser aquela com os olhos arregalados para ver o andar das coisas. Para ver envelhecer os corajosos, os medrosos, os pobres, os ricos, os obcecados, os saudáveis, os doentes, os que se acham, os que se perdem, os iguais, os diferentes, os que fomentam, os tamásicos, os santos, os criminosos, os inexpressivos, os preconceituosos, os queridos, mal amados, os que fazem, os que nada.

Expressar

27 dezembro, 2010

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Que interessante expressar verbalmente cada estímulo diário!
Não sendo desta forma sufoco e sedimento na densidade o efeito.
Dar palavra ao sentimento lava a alma,
amplia a consciência e
emancipa a mente livre para a cria ação.
Na simplicidade não modesta,
na verdade não medíocre.
Na sutileza reconheço a importância do verbo dito.


Rotina e condicionamento

23 dezembro, 2010

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Outro dia me ocorreu sobre o que de fato me estimula a levantar todos os dias, fazer as mesmas primeiras coisas do dia e caminhar até o meu trabalho.
Todos os dias fazemos as mesmas coisas e certamente nos movimentamos de maneira igual. Os mesmos movimentos para fazer as mesmas coisas. Imagine isto todos os dias, durante anos.  Estabelecemos uma rotina incessante, criamos um modelo corporal tenso e condicionado e passamos a achar que aquilo é o normal. Desta forma, não fazemos nada para mudar.
Rotina estabelecida = modelo corporal condicionado.
Por outro lado, se através desta rotina, nós pudermos conhecer todos os dias diferentes pessoas, encontrar e viver com pessoas agradáveis, de bem com a vida, dispostas a evoluir pessoal e profissionalmente....ah! É isso!!! Isso que me motiva a levantar todos os dias e fazer as mesmas aparentes coisas: saber que encontrarei os alunos queridos, que vou aprender e ensinar com cada um deles o tempo todo, que vou compartir idéias e fazer novos amigos. E entre abraços calorosos, boas gargalhadas e inspirações profundas, eu vou mudando, todos os dias o modelo corporal condicionado, por um modelo mais atualizado abrindo espaço para o novo. Convívio e receptividade é a dica da semana. É a dica para 2011!

MECANISMOS MENTAIS

22 dezembro, 2010

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Nossa mente atua através de variados mecanismos através dos quais podemos controlar as variações do nosso fluxo emocional e direcionar nossa energia natural interna para aquilo que desejamos.
Inicie seu dia avaliando se a maneira como tem se comportado está exatamente de acordo com aquilo que deseja para si, observando suas ações e se estão acordadas com os seus objetivos de vida.
Se estiverem, ótimo! Respire fundo e bom dia!
Se não estiverem, comece a mudar seus condicionamentos a partir de hoje.
E sê perseverante como o mar que há milênios tenta subir pelas areias.
                                                                                              ( Educador DeRose)


A RESPIRAÇÃO E A LONGEVIDADE

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Considerando a estreita relação da respiração com os estados de consciência, reserve todos os dias alguns instantes para percebê-la e vivenciá-la.
Redescubra a maneira proveitosa de se respirar acomodando-se gostosamente no solo ou mesmo em uma cadeira ou sofá, desde que a coluna permaneça ereta.
Aproveite sua capacidade pulmonar e respire lenta e suavemente durante alguns ciclos e sem perder a consciência do objetivo do momento. Inspire e expanda o abdômen, as costelas e o peito. Depois expire, expulsando o ar da parte alta dos pulmões, recolhendo o peito, depois as costelas, a parte média e por último recolha o abdômen, a parte baixa dos pulmões. Proceda desta forma: inspire enchendo os pulmões de baixo para cima e expire esvaziando-os de cima para baixo. Faça vários ciclos sentindo a expansão dos pulmões e a sua capacidade de absorção de oxigênio e energia vital aumentando progressivamente. Assim terá mais oxigênio circulando no organismo e consequentemente maior vitalidade para dilatar a sua longevidade.  
                                                                                                    

Compreendendo para ser compreendido

03 dezembro, 2010

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O dia acabou e finalmente você retornou para casa.
Fez tudo o que gosta e agora vai deitar-se para dormir.
Muito antes de atingir o sono profundo, nossa mente divaga a respeito de muitas coisas, principalmente sobre o que fizemos no dia.

Quando dormimos, assimilamos tudo o que aconteceu durante ele.
O que vai diferir uma pessoa da outra é a habilidade de aplicar filtros sobre estes acontecimentos e assimilar somente o que agregue  valor à sua própria vida. Cada pessoa tem sua maneira de pensar, de interpretar os fatos e de agir. É aí que entram os pontos de vista, as perspectivas sobre a realidade. Não podemos compreender extamente os pontos de vista, as perspectivas sobre a realidade. Não podemos compreender extamente os pontos de vista do outro, sendo que cada um tem sua verdade.

Assim, deitado confortavelmente na sua cama, com luz baixa e olhos fechados, faça alguns ciclos de respiração profunda e relaxe o corpo, localizando a consciência nos pés e fazendo-a ascender até a cabeça. Então escolha um episódio do dia e reflita sobre como você poderia ter reagido àquele momento e circunstância.
Todo impulso da mente e todo pensamento são transmitidos às nossas células e acionam mecanismos que interferem nas condições de ânimo e humor, determinando nossas reações impulsivas. Se, ao contrário, respiramos profunda e conscientemente antes da reação imediata, evitamos muitas discussões desnecessárias e preservamos as relações interpessoais.
Coloque-se sempre no lugar da outra pessoa. Isso vai lhe ajudar muito.